Software Livre - 1ª Parte
Flávio Gonçalves ministrou palestra, ontem (26.10), no FOCO - realizado na Universidade Federal do Espírito Santo. Segue, abaixo, a pequena entrevista que fiz com ele.
O software livre pode ser considerado uma alternativa contra-hegemônica?
Flávio: "Com certeza. A filosofia do software livre, que é de trabalhar o compartilhamento do conhecimento, é contrária à lógica atual dominante, no qual o conhecimento é uma mercadoria. O software livre é produzido, disponibilizado todo seu método de construção, para que qualquer pessoa melhorá-lo – de forma gratuita, pela Internet. Atualmente, a mercadoria está estruturada de forma que a informação é vendida, ao contrário do software livre, que apesar de não ser necessariamente gratuito, vai contra essa ideologia de que toda informação deve ser comercializada. Hoje, grande parte da sociedade mundial está criando sistemas que façam com que o software e qualquer informação, do ponto de vista legal, jurídico, tenha uma função social e seja compartilhada de forma colaborativa, fazendo com que o direito autoral seja superior ao direito coletivo."
Qual a relação entre o movimento do software livre e a democratização da comunicação?
Flávio: "Existe uma estrutura física que não permite que todas as vozes e idéias presentes na sociedade sejam comunicadas de forma democrática, ou seja, existem poucas emissoras de rádio e televisão que discutem o papel fundamental do que as pessoas no cotidiano estão pensando. Queremos um debate democrático na comunicação, e não que as pessoas que tenham a estrutura da comunicação falem o que bem entendem e as pessoas que discordam não têm espaço para falar. A inclusão digital e o software livre contribuirão porque a Internet é um espaço muito mais democrático do que as emissoras de rádio e televisão. O problema é que a maior parte da população brasileira não tem acesso à Internet, então, deve-se democratizar o acesso ao computador e à Internet e, a partir disso, construir formas de comunicação que levem outras informações que não estão disponibilizados nas emissoras de rádio e tv que, obviamente, contribuem para a construção de uma hegemonia e ideologia capitalista, individualista e competitiva. Precisamos construir a saída de forma coletiva para alterar nossa atual sociedade."
O software livre pode ser considerado uma alternativa contra-hegemônica?
Flávio: "Com certeza. A filosofia do software livre, que é de trabalhar o compartilhamento do conhecimento, é contrária à lógica atual dominante, no qual o conhecimento é uma mercadoria. O software livre é produzido, disponibilizado todo seu método de construção, para que qualquer pessoa melhorá-lo – de forma gratuita, pela Internet. Atualmente, a mercadoria está estruturada de forma que a informação é vendida, ao contrário do software livre, que apesar de não ser necessariamente gratuito, vai contra essa ideologia de que toda informação deve ser comercializada. Hoje, grande parte da sociedade mundial está criando sistemas que façam com que o software e qualquer informação, do ponto de vista legal, jurídico, tenha uma função social e seja compartilhada de forma colaborativa, fazendo com que o direito autoral seja superior ao direito coletivo."
Qual a relação entre o movimento do software livre e a democratização da comunicação?
Flávio: "Existe uma estrutura física que não permite que todas as vozes e idéias presentes na sociedade sejam comunicadas de forma democrática, ou seja, existem poucas emissoras de rádio e televisão que discutem o papel fundamental do que as pessoas no cotidiano estão pensando. Queremos um debate democrático na comunicação, e não que as pessoas que tenham a estrutura da comunicação falem o que bem entendem e as pessoas que discordam não têm espaço para falar. A inclusão digital e o software livre contribuirão porque a Internet é um espaço muito mais democrático do que as emissoras de rádio e televisão. O problema é que a maior parte da população brasileira não tem acesso à Internet, então, deve-se democratizar o acesso ao computador e à Internet e, a partir disso, construir formas de comunicação que levem outras informações que não estão disponibilizados nas emissoras de rádio e tv que, obviamente, contribuem para a construção de uma hegemonia e ideologia capitalista, individualista e competitiva. Precisamos construir a saída de forma coletiva para alterar nossa atual sociedade."